Maus gestores comprometem a saúde dos colaboradores e os resultados

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Confúcio escreveu “Escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida”. Bons profissionais anseiam por fazer dessa mensagem uma premissa para a vida profissional, entretanto, o desenvolvimento da atividade laboral está cercado por um conjunto de ocorrências que dificultam a condução do trabalho de forma prazerosa pelos trabalhadores. Uma entre várias circunstâncias é o domínio que alguns superiores impõem sobre seus subordinados. Tal situação acontece em várias áreas, porém quando um diretor de Revenda de EPI entra nesse funil, é bom saber que seus Colaboradores não alcançarão os resultados, tampouco conseguirão alavancar as vendas. Trabalhadores precisam de líderes que os ajudem na construção de suas carreiras. Maus gestores comprometem a equipe e a própria Revenda. Como saber se em vez de estimular a equipe, você ou seu superior é responsável por adoecê-la? Seria você a causa da perda de produtividade e desmotivação?

Por qual motivo maus gestores ainda têm liderados?

Bom, antes de qualquer dica que possa melhorar a atuação dos gestores, é preciso expor alguns sinônimos para a palavra “mau”: cruel, desumano, odioso, perverso, frio, maldito etc. Para alguns subordinados essas palavras traduzem a imagem de seus gestores. Essa pode ser a causa do Absenteísmo e Rotatividade de Colaboradores em determinada equipe dentro de empresas de revenda. Alguns Colaboradores permanecem em seus trabalhos porque a crise financeira no nosso país está muito séria. Então preferem “engolir sapos” diariamente a tentar qualquer outra oportunidade, que os leve a trocar um mau gestor por outro ainda pior.

Violência Psicológica na má gestão

A consequência de toda essa má gestão é o adoecimento do trabalhador. Doenças psicossomáticas se desenvolvem diante do estresse vivido. Segundo o Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, os comportamentos de violência psicológica são: “pressão exagerada para cumprir metas, supervisão constante e rígida, uso de estratégias de exposição constrangedora e comparação dos resultados entre os membros do grupo, ameaça de demissão constante […]”. Existem gestores que tentam mascarar essas atitudes como brincadeiras, porém se apenas um dos lados se diverte e o outro não, definitivamente, não pode ser caracterizado como um jogo de descontração.

Engana a si próprio aquele que pensa que ser “durão” é a melhor forma de conduzir sua equipe, um mau gestor causa improdutividade, baixa estima, diminui a parceria entre vários setores da empresa e o seu, gera um ambiente conflitante e promove o bullyng. Todo esse cenário pode piorar quando essas ações passam a ser classificadas como assédio moral. A empresa perde qualidade de trabalho e as finanças também são afetadas porque o colaborador passará a se ausentar mais vezes para ir ao médico, além de que colaboradores inseguros, tristes e desestimulados podem usar as mais desapropriadas formas de extravasar toda a sua cólera, desempenhando seu trabalho a fim de prejudicar o chefe.

Um artigo de Antonio Mariningo Filho e Marcus Vinicius S. Siqueira publicado na revista de Administração Mackenzie, em 2008, com o título “Assédio moral e gestão de pessoas: uma análise do assédio moral nas organizações e o papel da área de gestão de pessoas” relata que “A cultura da empresa, o clima organizacional, os estilos de liderança e a forma e a forma de organização do trabalho são fatores predominantes para o surgimento do assédio moral, fenômeno que provoca confusão, dúvida, humilhação e vergonha. A vergonha explica a dificuldade que as vítimas têm de se expressar, sobretudo quando o assédio é individual. Confusas e humilhadas, ficam sem condições de se defender sozinhas, de tomar as providências corretas e até mesmo de ousar falar”.

Muito mais do que adoecer um trabalhador, um mau gestor pode incapacitar um indivíduo do desempenho integral de sua vida. Um colaborador abalado é alguém que pode perder sua capacidade de socialização com a família e os amigos. É o mesmo que não tem prazer de participar de confraternizações corporativas porque para ele não há motivos para comemorar etc.

Maus gestores têm medo de perder o cargo

Em matéria publicada em 5 de janeiro de 2015, no site da Kellogg School, sobre “Como maus chefes sabotam a equipe” um estudante de doutorado descobriu que líderes conduzidos pelo desejo de poder, quando são informados de que sua hierarquia de no grupo está ameaçada, se propõem a prejudicar a estabilidade da equipe, isolando do grupo aquele que estiver mais qualificado.

Esse é o único fator que motiva maus gestores a serem ruins? Vejamos o que o pesquisador comentou a respeito dessa descoberta: “É surpreendente para mim apenas como os líderes estão dispostos a realmente comprometer o sucesso do grupo em favor de seu próprio poder”.

Características de um Líder e de um Chefe

  • Um Líder não dá “toques” para os seus liderados, ele dá feedback.
  • Líderes elogiam em público e chamam a atenção em particular com a finalidade de que o subordinado melhore.
  • Líderes abrem canais de diálogo com seus subordinados; Chefes chegam a conclusões errôneas porque só ouvem a si mesmos.
  • Líderes são respeitados e dão exemplos; Chefes impõem a cultura da obediência por meio do medo.
  • Líderes colaboram para que cada um de sua equipe desenvolva seus potencias; Chefes só descobrem defeitos.
  • O Líder dá crédito a quem teve a ideia; Chefes usam as boas ideais e dizem que foram suas, as más são de seus subordinados.
  • Líderes entendem que alguns erros são caminhos para o acerto; Chefes pensam que o correto é sempre acertar.
  • Líderes sabem qualificar o esforço e a dedicação realizados para chegar a qualquer resultado: bom ou nem tão bom; Chefes só se interessam pelo resultado final.
  • Líderes sabem unir a equipe a fim de que o objetivo da empresa seja alcançado, Chefes manipulam as equipes para separá-los, eles almejam só a própria vitória.

Bom, essas comparações mostram bem as diferenças entre Líderes e “Chefes”, mas existem tantas outras que talvez você, gestor, pratique e não tenha percebido; ou que você, colaborador esteja vivendo. De qualquer forma, sempre dá tempo para melhorar. Se você percebe que é um gestor impulsivo, explosivo ou irritadiço procure ajuda de profissionais para melhorar, pois a sua saúde também agradecerá!

E você, tem algum depoimento para acrescentar? Alguma boa o má história para compartilhar? Escreva nos comentários! Participe e ajude-nos a difundir a “Boa Gestão”!

Até a próxima.

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Comentários

4 respostas

  1. Concordo em grande parte do que foi relatado neste artigo. Acredito ser importante relatar que existem maus lideres e maus liderados assim como existem bons lideres e bons liderados. Existem pessoas que sentem satisfação em boicotar trabalhos de bons lideres e da mesma forma que alguns liderados “engolem sapos” em função da crise financeira pela necessidade de trabalho, algumas empresas, também afetadas, pela crise financeira acabam não demitindo maus liderados por insuficiência de caixa e acabam também por “engolir sapos” até que a situação permita mudanças. A principal função de um líder é servir aos seus liderados transformando-os em pessoas melhores e ,infelizmente para aqueles que não pensam desta forma, eliminar as “laranjas podres” antes que contaminem o suco tudo.

    1. Caro Jairo, boa tarde!
      Muito denso seu comentário! Vc abordou outros pontos importantes em sua colocação, como ter que “engolir sapos dos liderados” por conta da crise!
      Muito obrigado por sua rica contribuição!
      Fique conosco e até breve!
      Fernando Zaneli

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