Avaliação de risco: caminho para oferecer mais segurança em sua empresa

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Os riscos estão presentes a todo momento no dia a dia de um Profissional da SST. Mesmo que você adote medidas de proteção, eles poderão aparecer a qualquer momento. Mas não leve isso apenas para o lado negativo, o surgimento de riscos também representa uma oportunidade para você melhorar processos e técnicas de saúde e segurança e antecipar soluções que evitarão possíveis acidentes.

Vamos a um exemplo:

Imagine que você, profissional de SST, recebeu algumas amostras de EPIs de diversos fornecedores, a maioria com as mesmas características do que você já fornece para a equipe, mas durante a análise você identifica uma Luva de Vaqueta que de acordo com a ficha técnica oferece muito mais destreza do que o modelo utilizado hoje em sua empresa.

Aproveitando a oportunidade de que o que é oferecido hoje de EPI pode não ser tão eficaz e com a perspectiva de evitar acidentes de trabalhos futuramente, você resolve trocar todas as Luvas de Proteção utilizadas, para essas novas Luvas de Vaqueta.

Entender dos riscos é um processo de tomada de decisões e adoção de medidas para minimizar ameaças, mas para não viver de oportunidades como no exemplo citado, existe uma ferramenta que você pode implementar que irá ajudar a identificar riscos com antecedência: a avaliação de riscos.

Mas antes de falarmos sobre ela, é preciso entender o que realmente significa a palavra risco.

Vamos lá!

O que é risco?

O risco está diretamente relacionado a probabilidade de um evento acontecer. Aplicado a falhas de segurança, ele mostra a chance de uma situação perigosa ou a combinação de perigos provocarem danos ou prejuízos ao colaborador ou a empresa.

Os riscos são classificados em 3 variáveis para definir sua probabilidade:

  • Tempo de exposição: período durante o qual o trabalhador fica exposto ao agente ou fator de risco.
  • Intensidade ou concentração: nível acumulado do agente ou fator de risco no ambiente de trabalho.
  • Natureza do agente ou fator de risco: grau de nocividade ou potencial agressivo à saúde do trabalhador.

Ou seja, quanto mais o colaborador estiver exposto ao fator de risco, maior a probabilidade de haver consequências negativas.

Agora que o conceito de risco está bem definido, vamos falar da melhor maneira de evitar que ele aconteça: por meio da ferramenta de avaliação de risco.

O que significa avaliação de risco?

Uma avaliação de risco, ou avaliação de perigo em nível de campo, como também é conhecida, é uma ferramenta muito importante para todo o profissional de saúde e segurança do trabalho para identificar os riscos e perigos potenciais na área e as melhores medidas de segurança a serem utilizadas para mitigar os pontos identificados.

Esse tipo de ferramenta, que deve ser implementada apenas por Profissionais de SST, permite analisar aspectos que muitas vezes passam despercebidos na hora de garantir um ambiente seguro para todos os colaboradores. Por exemplo:

  • Possíveis riscos em diversos departamentos da empresa;
  • Possível severidade de cada um dos riscos;
  • Frequência de exposição do colaborador aos riscos;
  • Estratégias a implementar para minimizar riscos e evitar danos.

Como implementar uma avaliação de risco

Para garantir uma avaliação de risco eficiente, é preciso seguir algumas etapas à risca, independente do segmento de atuação da empresa que você trabalha.

Vamos dividir a implementação de risco em duas fases. A primeira será dos aspectos que você deve levar em conta e a segunda é a parte prática, ou seja, os passos a serem cumpridos para implementar uma avaliação de risco.

1ª fase: o que você precisa levar em consideração na hora de fazer uma avaliação de risco

No ambiente de trabalho, qualquer situação que apresente risco à saúde do trabalhador é caracterizada como um risco ocupacional. Eles são divididos em 5 grupos:

  • Riscos físicos: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração etc.
  • Riscos químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, pele ou ingestão. Exemplo: poeira, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores.
  • Riscos biológicos: bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.
  • Riscos de acidentes/mecânicos: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado etc.
  • Riscos ergonômicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc.

Dentro de cada um desses grupos você deve analisar, de acordo com a realidade e necessidade da empresa em que atua, os seguintes pontos:

  • Qual é a atividade a ser desenvolvida? Trabalho em altura, espaço confinado ou a céu aberto etc.
  • Qual a característica do trabalho? Ele envolve esforço físico? É cansativo? Envolve muitas horas em pé? Envolve o uso de substâncias químicas?
  • Quais colaboradores devem ocupar cada posição? Soldador? Pedreiro? Engenheiro?
  • Existe a possibilidade de que algum trabalhador seja especialmente sensível? Portador de deficiência física, gestante, lactantes, pessoas com saúde debilitada etc.
  • Individual ou coletivo? Quantas pessoas estão diretamente envolvidas na atividade?
  • Quais são as condições dos locais de trabalho? Quente? Frio? Espaçoso? Local adequado ou possui saliências?

2ª fase: etapas para implementar uma avaliação de risco

1ª etapa: Identificar tarefas e riscos associados a ela

Vá a campo! Visite todos os departamentos da empresa e inspecione o local de trabalho de cada colaborador. Observe o que ocasionalmente pode gerar algum dano a sua saúde, independente da gravidade.

Sinalize e documente os riscos comuns, incomuns e mais raros de cada atividade. Aproveite para revisar os relatórios anteriores de acidentes e incidentes que já aconteceram na empresa.

2ª etapa: Decida quem pode se ferir e como

Identifique e separe por grupo e características pessoais e de saúde, os colaboradores que mais podem ser afetados de acordo com o cada risco. Exemplo: pessoas com mais idade, colaboradores que passam muito tempo sentados ou expostos a altas temperaturas.

3ª etapa: Avalie a probabilidade de risco e sua gravidade de dano

Depois de identificado todos os potenciais riscos, entenda qual é chance de cada um acontecer. Separe em ordem de maior probabilidade, grau de dano e frequência.

4ª etapa: Adoção de medidas de segurança

Depois de levantado todos os riscos, é hora de definir quais serão as ações que você como profissional de SST irá adotar para evitar, reduzir ou eliminar os riscos identificados. Combine as novas ações com protocolos de segurança já existentes na empresa.

5ª etapa: Documente todo o processo

Para facilitar o acompanhamento e a otimização das estratégias adotas, registre todas as ações de segurança em um modelo de avaliação de riscos. Anote tudo o que foi feito e os resultados que estão sendo obtidos.

A avaliação de risco deve ser algo constante no seu dia a dia! Analise, revise e atualize sempre que achar necessário as medidas adotadas. E caso você precise de algum produto de Raspa e Vaqueta, só clicar aqui e enviar sua mensagem!

Antes de ir, fale pra a gente o que achou desse conteúdo! Você pode deixar sua opinião, dar sugestões ou simplesmente deixar sua contribuição nos comentários.

Um grande abraço e até a próxima,
Fernando Zanelli

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