Fumos de Solda: quais os riscos à saúde e como controlá-los?

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Pelas características da sua atividade, o Soldador está exposto a uma série de riscos à sua integridade. Contudo, muitas empresas, ao invés de atuarem de forma preventiva, acabam migrando seus esforços para ações paliativas de segurança.

O fumo de solda é um dos itens extremamente prejudiciais à saúde dos colaboradores, mas que acaba passando despercebido por não causar problemas a curto prazo. Entretanto, sua aspiração é extremamente tóxica e põe em risco a qualidade de vida do Soldador.

Para garantir a segurança da sua equipe, até contra os agentes mais invisíveis, trouxemos este artigo com o porquê e como você pode proteger seus funcionários dos riscos dos fumos de solda. Acompanhe a leitura e veja se já aplica as principais medidas preventivas nesse caso!

O que são fumos de solda?

Através da soldagem, minúsculas partículas vindas do eletrodo e do material soldado vaporizam-se, transformando-se em uma nuvem tóxica que, ao ser inalada, solidifica-se.

Além de causar tosses e incômodo ao respirar, os fumos de solda são altamente tóxicos e, por isso, prejudiciais ao sistema nervoso e respiratório do trabalhador. Assim, podem desencadear graves doenças como asma, dermatite alérgica e até alguns tipos de câncer.

Desse modo, colaboradores expostos a atividades de soldagem, esmerilhamento, corte e lixamento estão sujeitos a esse risco, impactando diretamente na redução de sua capacidade laborativa, reduzindo a produtividade e, consequentemente, os lucros da empresa.

Felizmente, nos últimos tempos, a conscientização dos efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores tem aumentado muito. Profissionais mais conscientes de seus direitos têm reivindicado melhores condições de trabalho e ambientes mais salubres para atuarem.

Por outro lado, as empresas também perceberam que, ao melhorar as condições de trabalho de seus colaboradores, ampliavam sua produtividade e, consequentemente, ganhavam em competitividade.

Quais os principais riscos à saúde?

De acordo com o INCA — Instituto Nacional de Câncer — cerca de 80% dos casos de câncer ocorrem devido à exposição a agentes nocivos no ambiente. E, nesse sentido, é no local de trabalho onde estão as maiores concentrações de agentes cancerígenos.

No site do INCA é possível encontrar uma tabela com a relação do tipo de câncer às funções laborativas mais propensas a desenvolvê-los. No caso do Soldador, os principais riscos são de desenvolver câncer nos olhos (também conhecido como melanoma), no fígado e no pulmão.

Além do mais, a exposição aos fumos de solda pode provocar:

  • irritação da garganta e dos pulmões;
  • febre dos fumos metálicos;
  • asma;
  • pneumonia;
  • ulcerações do septo nasal;
  • ulcerações de pele;
  • dermatite de contato alérgica;
  • siderose (doença pulmonar);
  • problemas de fertilidade.

Existem legislações que protejam o Soldador?

No mundo todo, há uma conscientização maior pela melhoraria das condições de trabalho a fim de minimizar os riscos aos colaboradores. No Brasil não é diferente!

O uso de Equipamentos de Proteção Individual é regulamentado pela NR 6, que traz no seu anexo D quais EPIs são mais indicados para a proteção respiratória, além de outros que contribuem para a integridade do colaborador como o Avental de Raspa ou a Luva de Vaqueta.

A NR 9 aborda as medidas de proteção necessárias para evitar acidentes por meio de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Já a NR 15, trata da importância de estabelecer os limites de tolerância para a poeira de metais e outras substâncias nocivas emitidas no processo de soldagem.

Como controlar a exposição aos fumos de solda?

As atividades de soldagem precisam ser realizadas em condições de segurança adequadas, o que implica em um sistema de ventilação capaz de permitir a coleta dos fumos e gases tóxicos.

O cobre, o aço galvanizado, o inoxidável ou outros metais que contenham zinco, chumbo, berílio ou cádmio jamais devem ser soldados ou cortados sem um exaustor local.

Alguns sistemas de ventilação manual ou o uso de coifas acima das bancadas não são suficientes para extrair o fumo de solda antes de penetraram a zona de respiração dos colaboradores, comprometendo sua saúde.

Fumos de solda é insalubre?

Sabendo do risco da exposição ao fumo de solda, você deve estar se perguntando se quem exerce atividades expostas a esse risco teria direito a algum benefício de insalubridade, correto?

Se essa é a sua dúvida, convidamos você a continuar a leitura desse assunto no post que fizemos lá no Blog do ConsultaCA: Profissionais expostos aos fumos de solta têm direito à insalubridade? Confere lá!

Ah! Mas antes de ir, deixa por aqui o que você achou desse conteúdo e que outras dúvidas você tem sobre o tema!

Até breve,
Fernando Zanelli

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Comentários

20 respostas

  1. Bom dia, Ótima matéria eu sabia que a profissão de soldador tinha riscos mais não imaginava que eram tantos riscos que podemos considerar graves. Parabéns

  2. Parabéns amigo por falar disso , muitos não tem o devido cuidado com isso ,por falta de informação assim como eu faço e agora em diante vou mudar minha forma de trabalho. Vida temos só uma né… vamos cuidar dela …Parabéns Deus abençoe… abraço

  3. Muito boa essa publicação. No ambiente onde eu trabalho, não existe nenhum tipo de exaustor. O que posso fazer a respeito? A fábrica não colocaria de jeito nenhum

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