NR 6: guia para profissionais de SST e revendedores de EPIs

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Conteúdo atualizado em janeiro de 2025.

A Norma Regulamentadora 6 (NR 6) é uma das mais relevantes dentro da área de segurança do trabalho, impactando diretamente a escolha e a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Este guia tem como objetivo explicar os principais aspectos da NR 6, destacando sua importância, aplicações e como implementá-la corretamente. É um conteúdo essencial tanto para profissionais de SST quanto para revendedores de EPIs, que desempenham um papel crucial na disseminação de práticas seguras no ambiente de trabalho.

Continue a leitura e confira!

O que é a NR 6?

A NR 6 faz parte do conjunto de Normas Regulamentadoras previstas pelo Ministério do Trabalho e Emprego para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Essa norma especifica os requisitos para a fabricação, comercialização e uso de EPIs, determinando que esses equipamentos devem ser fornecidos gratuitamente pelo empregador sempre que forem necessários para mitigar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

A norma abrange desde capacetes e calçados até equipamentos específicos, como luvas de raspa e vaqueta, garantindo proteção eficaz contra agentes físicos, químicos e biológicos.

Por que essa norma é importante?

A NR 6 é fundamental para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores. Isso porque os Equipamentos de Proteção Individual, quando escolhidos e utilizados de forma adequada, reduzem significativamente os índices de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

Além disso, a norma contribui para a conformidade legal das empresas, evitando multas e indenizações. Para revendedores de EPIs, a NR 6 oferece um parâmetro claro sobre os padrões de qualidade exigidos, permitindo oferecer produtos confiáveis e que atendam às necessidades de proteção no mercado.

Quando a NR 6 se aplica?

A NR 6 se aplica a qualquer situação em que não seja possível eliminar ou reduzir os riscos ocupacionais por meio de medidas de controle coletivo, como barreiras físicas ou mudanças nos processos de trabalho.

Em ambientes com exposição a cortes, abrasões ou produtos químicos, por exemplo, é necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual, como luvas, para garantir a segurança dos trabalhadores.

Vale destacar que os empreendedores devem realizar uma Análise Preliminar de Riscos (APR) para identificar os perigos e determinar quando e quais EPIs são necessários. Nesse sentido, a NR 6 se torna especialmente relevante em setores como construção civil, indústrias químicas e metalúrgicas.

O que diz a NR 6?

Como mencionamos, a NR 6 regulamenta o uso dos EPIs, que servem para proteger os trabalhadores contra riscos que possam causar acidentes e afetar sua saúde. Compete ao empregador fornecê-los para o desenvolvimento da função, mas não basta ter e usá-los, eles devem ter Certificado de Aprovação (C.A.), expedido pelo órgão responsável pelo segurança e saúde no trabalho, nesse caso, o MTE.

Vale destacar ainda que a NR 6 estabelece obrigações tanto para empregadores quanto para trabalhadores. No caso das responsabilidades das empresas, temos:

  • Fornecer gratuitamente os EPIs adequados e certificados para os riscos identificados;
  • Garantir que os equipamentos estejam em perfeito estado de conservação e funcionamento;
  • Treinar os trabalhadores sobre o uso correto e a conservação dos EPIs;
  • Substituir os EPIs danificados ou com prazo de validade expirado.

Já as responsabilidades dos trabalhadores, são:

  • Utilizar os EPIs fornecidos de forma adequada;
  • Informar sobre qualquer problema ou necessidade de substituição dos equipamentos;
  • Seguir as orientações de uso, armazenamento e manutenção.

Além disso, uma norma detalha os critérios para a certificação de EPIs, que deve ser feita por organismos acreditados, garantindo que os produtos atendam às exigências de segurança e eficiência.

Quais são os tipos de EPIs de acordo com essa norma?

A Norma Regulamentadora 6 define os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como dispositivos ou produtos de uso individual utilizados pelos trabalhadores para protegê-los de riscos que possam ameaçar sua saúde ou segurança no ambiente de trabalho.

Esses EPIs devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas e devem ser devidamente certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com o Certificado de Aprovação (C.A.) válido. Abaixo, apresentamos os principais tipos de EPIs, suas especificações e exemplos práticos de utilização.

EPIs para proteção da cabeça

São usados ​​para proteger o crânio contra impactos, quedas de objetos ou outros tipos de acidentes. Por exemplo, o capacete com aba frontal ou total, que protege contra impactos e perfurações em canteiros de obras ou indústrias.

EPIs para proteção dos olhos e face

Esses equipamentos evitam danos causados ​​por partículas, poeiras, radiações ou produtos químicos. Por exemplo, os óculos de segurança, que protegem contra poeira e partículas em movimento, e as máscaras de solda usadas por soldados para proteger contra radiações e fagulhas.

EPIs para proteção auditiva

Esses dispositivos evitam danos à audição em locais com níveis elevados de ruído. Por exemplo, os protetores auriculares tipo plug ideais para ruídos moderados e os abafadores de ruído tipo concha usados ​​em ambientes com altos níveis de som, como aeroportos.

EPIs para proteção respiratória

Protegem as vias respiratórias contra poeiras, gases, vapores ou agentes biológicos. Por exemplo, os respiradores descartáveis ​​(PFF1, PFF2 e PFF3) e os reutilizáveis (P1, P2 e P3), que são amplamente utilizados em áreas com poeiras tóxicas, como mineração.

EPIs para proteção do tronco

Oferece proteção ao tórax contra agentes químicos, cortes, impactos ou calor. Por exemplo, os aventais de PVC ou borracha, que protegem contra respingos de produtos químicos e as roupas térmicas necessárias em trabalhos com altas temperaturas, como em fundições.

EPIs para proteção dos membros superiores

Protege as mãos e os braços contra riscos mecânicos, químicos, térmicos ou biológicos. Por exemplo, as luvas de raspa ideais para materiais abrasivos e trabalhos com soldagem e as luvas de vaqueta usadas em atividades que desativam maior destreza, como montagens industriais.

EPIs para proteção dos membros inferiores

Oferecem segurança aos pés e pernas contra impactos, perfurações, quedas ou produtos químicos. Por exemplo, as botas com biqueira de aço, que são amplamente utilizadas em obras e indústrias e as botas impermeáveis necessárias em atividades com água ou produtos químicos, como na construção civil.

EPIs para proteção do corpo inteiro

Geralmente são macacões ou conjuntos que cobrem todo o corpo, proporcionando proteção completa contra múltiplos riscos. Por exemplo, o macacão de proteção contra produtos químicos usados ​​em indústrias químicas e farmacêuticas. Ou, ainda, as roupas de proteção térmica ou antichama, que são aplicadas em trabalhos com soldagem ou em proximidade a fornos.

EPIs para proteção contra quedas

Garantem a segurança dos trabalhadores que realizam atividades em altura, prevenindo quedas. Por exemplo, os cintos de segurança tipo paraquedista utilizados em obras em andaimes e telhados, o trava-quedas e talabartes, que complementam os cintos em sistemas de ancoragem e as linhas de vida, que garantem mobilidade segura em alturas elevadas.

EPIs para proteção contra radiações

São utilizados em atividades que envolvem exposição a radiações ionizantes ou não ionizantes. Por exemplo, os aventais de chumbo, que protegem contra radiações ionizantes, comuns em clínicas de radiologia e os óculos com proteção UV necessários para trabalhos ao ar livre sob forte exposição solar.

Como implementar a NR 6 nas empresas?

A implementação efetiva da NR 6 exige um plano abrangente que integre avaliação de riscos, treinamento, aquisição de EPIs adequados e monitoramento contínuo. A seguir, detalhamos cada etapa com exemplos práticos para facilitar a aplicação.

Realizar uma análise detalhada de riscos no ambiente de trabalho

A primeira etapa é identificar e avaliar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Essa análise pode ser feita por meio de uma Análise Preliminar de Riscos (APR) ou utilizando mapas de riscos.

Por exemplo: em uma metalúrgica, os trabalhadores expostos a superfícies abrasivas devem usar luvas de raspa, que oferecem alta resistência a abrasões e calor. Já em um setor de manutenção, onde é necessária maior destreza para manipular ferramentas pequenas, as luvas de vaqueta são mais adequadas, pois garantem proteção sem comprometer a mobilidade das mãos.

Escolher os EPIs corretos com base nos riscos identificados

Após mapear os riscos, o próximo passo é selecionar os EPIs corretos. É essencial verificar se os equipamentos possuem Certificado de Aprovação (C.A.) válido, garantindo sua conformidade com a NR 6.

Por exemplo: em um canteiro de obras, além de capacetes para proteção contra impactos, podem ser necessários óculos de proteção e botas com biqueira de aço para evitar lesões por quedas de objetos. Nos trabalhos de soldagem, aventais e luvas de raspa são indispensáveis ​​para proteção contra calor e fagulhas.

Fornecer treinamento adequado aos trabalhadores

De nada adianta disponibilizar EPIs de qualidade se os trabalhadores não souberem como utilizá-los corretamente. Realizar treinamentos é essencial para garantir que os funcionários compreendam a importância dos EPIs e saibam utilizá-los de forma segura.

Por exemplo: em uma indústria química, pode-se promover um workshop prático, onde os trabalhadores aprendem como ajustar respiradores e verificar se estão bem vedados. Os treinamentos também podem abordar a importância de substituir as luvas de vaqueta ou de raspa quando apresentam sinais de desgaste.

Adquira EPIs de fornecedores confiáveis

Escolher fornecedores é essencial para garantir a qualidade dos EPIs. Dê preferência a empresas que oferecem suporte técnico, garantias e produtos certificados.

Por exemplo: fabricantes especializados em segurança do trabalho, como a Zanel, podem oferecer consultoria sobre as melhores opções de EPIs para cada segmento, como botas com resistência química ou luvas de raspa com reforço adicional para trabalhos pesados.

Estabelecer um sistema de monitoramento e manutenção

Os EPIs precisam ser monitorados continuamente para verificar sua integridade e funcionalidade. Equipamentos danificados ou vencidos devem ser substituídos imediatamente.

Por exemplo: crie um calendário de inspeção mensal para avaliar o estado dos equipamentos. Luvas de raspa que apresentam desgaste na palma ou nas costuras devem ser substituídas e descartadas. Para equipamentos como respiradores, inspecione válvulas e filtros regularmente.

Manter registros e documentações desenvolvidas

A NR 6 exige que as empresas mantenham registros de entrega de EPIs, treinamentos realizados e inspeções periódicas. Esses documentos são fundamentais para demonstração de conformidade em auditorias e fiscalizações.

Por exemplo: implemente um sistema digital para registrar a entrega de EPIs. No caso de um trabalhador de construção civil, registre os dados de entrega do capacete, óculos de proteção e luvas de vaqueta, garantindo controle sobre as futuras substituições. Utilize planilhas ou softwares para armazenar essas informações e facilitar as consultas.

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Conclusão

A NR 6 é muito mais do que uma obrigação legal; é um verdadeiro pilar para a segurança no trabalho e o bem-estar dos colaboradores. Sua aplicação correta não só protege vidas e reduz acidentes, mas também promove um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e em conformidade com a legislação.

Profissionais de SST e revendedores de EPIs têm um papel crucial nesse cenário, oferecendo as melhores soluções para atender às exigências do mercado e garantir a proteção necessária, seja com luvas de raspa, vaqueta ou outros equipamentos essenciais.

Agora é a sua vez de agir! Escolha EPIs de qualidade e invista em treinamentos que façam a diferença. Conte conosco para transformar a segurança do trabalho em uma prioridade real. Juntos, podemos construir um futuro mais seguro para todos!

Grande abraço!

Até o próximo conteúdo.
Fernando Zanelli

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Comentários

Respostas de 8

    1. Caro Canuto, boa tarde!
      Em primeiro lugar, obrigado por participar! É uma honra ter vc aqui conosco!
      Seu pedido está anotado e faremos uma matéria sobre EPC!
      Fique atento que em breve publicaremos… E vamos citar vc, ok?
      Abração!
      Equipe Zanel

    1. Prezado Luiz Gustavo!
      Obrigado por estar aqui conosco! É uma honra para nós!
      Não deixe de participar sempre, ok?
      E em relação aos nossos produtos, estamos todos os dias trabalhando duro para entregar produtos de qualidade para todos os Trabalhadores deste nosso maravilhoso Mercado de EPIs.
      Um grande abraço!
      Equipe Zanel

  1. e minha primeira vez e estou gostando sou tst ha 3 anos espero manter contatos com esta empresa para melhor
    crescimento proficional

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