Todos os meios que procuram satisfazer os usuários de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) devem ser valorizados e aprimorados. O Design, além de preencher esses dois requisitos, também tem como objetivo proporcionar mais conforto ao trabalhador. E a indústria brasileira está entendendo essa importância, investindo cada vez mais em soluções que deixem os EPIs ainda mais versáteis.
Há alguns anos, o mercado disponibilizava poucas opções em diversos segmentos, incluindo Luvas de Proteção, por exemplo. Com as devidas melhorias, os fabricantes passaram a desenvolver equipamentos específicos para cada tipo de função, se adequando ao grau de risco de cada área de trabalho. Em atividades nas alturas é quase impossível não notar o aprimoramento de cintos tipo paraquedistas, jugulares apropriadas para torres de tensão, capacetes mais confortáveis e resistentes etc.
É importante compreender que o Design não deve ser utilizado apenas para tornar o produto esteticamente aceitável. É preciso unir o acabamento com a segurança do trabalhador, colocando-a sempre em primeiro lugar. Para isso, é indispensável o uso de matérias-primas de qualidade, mesmo que o custo final do produto fique um pouco mais elevado.
Infelizmente, muitas indústrias de EPIs tentam trabalhar com o menor custo possível para ingressar no mercado, comprometendo a credibilidade dos equipamentos que, muitas vezes, são disfarçados por um “design moderno”. É necessário que o Design de EPIs esteja totalmente ligado a todo o processo de fabricação dos equipamentos, assim como na redução do número de operações e o tempo que é gasto para fabricá-los.
INVESTIMENTO
Hoje, 75% das indústrias que investiram no Design dos seus EPIs obtiveram um aumento de 41% nas vendas, revelou um estudo feito pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias). E o mais importante é que essas empresas também conseguiram reduzir os custos.
Outro ponto apresentado foi o poder que um produto mais atraente tem sobre a decisão do consumidor. Clientes do Mercado de EPIs preferem os equipamentos com uma estética mais trabalhada. Boa parte até se dispõe a experimentar novas marcas. O Design possui sim um impacto importante no marketing e na conquista de novos usuários. Por isso, é preciso que ele esteja sempre ligado à qualidade.
Em alguns países europeus, muitas empresas incentivam seus colaboradores a usarem calçados fornecidos pelas indústrias para que eles desempenhem outras atividades sociais ou domésticas. Isso mostra o quanto o Design e o acabamento dos EPIs evoluíram, proporcionando o uso dos produtos até mesmo fora das fábricas.
CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO DESIGN
O pesquisador Luis Carlos Faleiros, do Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção do IPT, acredita que os produtores de EPIs precisam estreitar o diálogo com o mercado de trabalho para que as empresas criem uma conscientização da importância de equipamentos mais atraentes, leves e confortáveis entre os seus empregados. Esse tipo de iniciativa faz com que o operário entenda o quanto esses produtos podem melhorar as condições de trabalho, o desempenho diário e a qualidade de vida.
Partindo dessa iniciativa, é importante que nós fabricantes continuemos buscando e investindo em aprimoramentos, melhorias e soluções tecnológicas para desenvolver cada vez mais equipamentos leves, bonitos, confortáveis, com design arrojado e, principalmente, segurança, partindo sempre de uma matéria-prima de confiança. E essas tendências, que já estão estabelecidas na Europa, crescem aqui no Brasil, obrigando a maioria das empresas a se preocuparem com o design dos produtos para não correr o risco de perder espaço no mercado.
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
Muitas empresas fabricantes de EPIs já possuem o costume de realizar pesquisas com seus Engenheiros e Técnicos de Segurança, fazendo sempre um paralelo com a opinião do usuário final. Entre os pontos levantados, estão o aspecto do produto e as suas principais características.
Esse tipo de iniciativa faz com que a indústria passe a olhar com mais cuidado às reais necessidades e expectativas do trabalhador, independente da sua área de atuação, pois as empresas que oferecem conforto, segurança e estabilidade aos operários, acabam elevando a autoestima do proletariado, que também se sente muito mais valorizado e começa a ver o uso do EPI com mais espontaneidade do que obrigatoriedade.
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