A taxa de acidentes é um indicador do estado de saúde e segurança no local de trabalho. Esses dados são usados pelo governo e empresas para desenvolverem políticas e programas de prevenção e redução de lesões, doenças e mortes no trabalho.
Mas você, Profissional de SST, sabe como calcular essa taxa de acidentes? Aliás, este é um assunto importante até mesmo para os donos de Revenda que podem utilizar esses cálculos em suas apresentações.
Número de acidentes de trabalho ainda é muito alto
De acordo com os últimos indicadores do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, de 2012 a 2020, 21.467 trabalhadores brasileiros sofreram acidentes fatais, com 6 mortes para cada 100.000 empregos no mercado formal.
No contexto dos países do G-20 e das Américas, o Brasil ocupa o segundo lugar em mortalidade laboral, atrás apenas do México, com 8 mortes por 100.000 contratos de trabalho.
Países como Japão (1,4 por 100.000 trabalhadores), Canadá (1,9 por 100.000 trabalhadores) e Argentina (3,7 mortes por 100.000 trabalhadores) registraram as taxas de mortalidade mais baixas.
De 2012 a 2020, 5,6 milhões de trabalhadores brasileiros foram vítimas de doenças e acidentes laborais. Só para você ter uma ideia da gravidade, desde 2012, os gastos previdenciários apenas com esses acidentes já ultrapassaram 100 bilhões de reais.
Como calcular a taxa de acidentes
A taxa de acidentes é um indicador do estado de saúde e segurança no local de trabalho. Ela fornece um esboço para medir o grau em que os trabalhadores estão protegidos dos riscos relacionados à sua atividade laboral.
A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) fornece um cálculo matemático simples para determinar a taxa de acidentes. Segundo essa agência americana, o cálculo deve ser feito multiplicando o número de acidentes por 200.000 e dividindo pelo número de horas trabalhadas.
Ficando assim:
Taxa de acidentes = (número de acidentes X 200.000) / número total de horas de trabalho do funcionário.
Mas é preciso ficar atento aos resultados. Taxas de acidentes particularmente baixas podem refletir um problema de subnotificação vinculado a sistemas de notificação mal estabelecidos, pouco incentivo financeiro para que as vítimas relatem, obrigações legais não vinculativas para os empregadores, e assim por diante.
Da mesma forma, sistemas de notificação bem estabelecidos podem muitas vezes explicar a alta taxa de incidência em alguns países, como a facilidade no pagamento de seguros, por exemplo.
A taxa de acidentes pode variar
Estudos mostraram que a incidência maior de acidentes se daria em homens. No entanto, foi constatado também que pode haver uma falha nessa suposição já que o número de acidentes está diretamente relacionado às atividades econômicas em que cuja maioria da força de trabalho é masculina.
Na verdade, o número de acidentes de trabalho varia muito dependendo da atividade econômica em questão e é positivamente distorcido em relação às atividades dominadas por homens.
Os setores da construção, transporte e armazenamento, indústria transformadora e agricultura, silvicultura e pesca representaram em conjunto cerca de dois terços (65,6%) de todos os acidentes fatais de trabalho e mais de dois quintos (44,3%) de todos os não fatais em 2018 na Europa.
Fique atento!
Um ambiente de trabalho seguro e saudável é um fator crucial na qualidade de vida de um indivíduo e também uma preocupação coletiva.
Deve haver um esforço coletivo de governos e empresas para reconhecerem os benefícios sociais e enconômicos de uma melhor saúde e segurança no trabalho.
Informações estatísticas confiáveis, comparáveis e atualizadas são vitais para a definição de objetivos, a adoção de medidas políticas e ações preventivas adequadas.
Comece hoje mesmo na sua empresa a adotar medidas que diminuam os riscos de acidentes como a adoção do Blusão de Raspa. Escolher EPIs de qualidade, como os da Zanel, é uma das medidas necessárias para reduzir acidentes graves.
Se tiver alguma dúvida, entre em contato.
Grande abraço e até o próximo conteúdo!
Fernando Zanelli