Você já ouviu falar em EPC, certo? Apesar de não serem tão falados quanto os EPIs, os Equipamentos de Proteção Coletiva, EPCs, podem ser tão eficientes quanto os de uso individual. Afinal, eles possuem o mesmo objetivo, evitar acidentes e doenças ocupacionais!
Mas, por serem de uso coletivo, muitas vezes, esses equipamentos passam despercebidos do público geral e acabam tendo sua eficácia reduzida. Quer um exemplo? As placas de sinalização! Quantas vezes profissionais de um setor acabam ignorando os avisos por já conviverem com eles há tanto tempo?
EPI x EPC: quando a coletividade vem em primeiro lugar!
Os EPIs são todos dispositivos de uso pessoal utilizados pelos trabalhadores destinados à proteção de riscos e ameaças à segurança e à saúde no trabalho. Sendo assim, apenas o trabalhador daquela função será beneficiado pelo seu uso, como as Luvas de Raspa ou Luvas de Vaqueta, por exemplo.
Já os Equipamentos de Proteção Coletiva possuem a finalidade de proteger todos os colaboradores no recinto, bem como visitantes e transeuntes. Dessa forma, o EPC surge como neutralizador de agentes nocivos, evitando acidentes e doenças ocupacionais, além de preservar a integridade física de todos os envolvidos em geral.
Entretanto, a legislação brasileira não é clara quanto ao uso desses equipamentos, embora seja possível encontrar respaldo sobre a importância deles nas NR 4 e NR 9. Observe!
NR 4
Essa Norma tem como objetivo reduzir o número de acidentes no trabalho e eventuais doenças causadas em função de atividades excessivas através da elaboração de SESMT, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
Assim, cabe aos Profissionais de SESMT analisar o serviço e identificar os riscos ali presentes, desenvolvendo estratégias que orientam os colaboradores a respeito de sua segurança.
NR 9
Essa legislação estabelece que o estudo e a implementação de medidas de proteção coletiva deverão ocorrer seguindo uma hierarquia. Tal como:
- Deve-se eliminar ou reduzir a utilização de agentes prejudiciais à saúde;
- É preciso criar medidas que previnam os colaboradores da liberação ou disseminação de agentes tóxicos para o ambiente de trabalho;
- É preciso que sejam reduzidos os níveis de concentração de agentes maléficos no ambiente.
Assim, de acordo com as Normas Regulamentadoras, toda empresa é obrigada a adotar o uso de equipamentos protetivos sempre que houver exposição de risco à saúde e segurança do trabalhador.
Esses equipamentos coletivos devem ser tomados, preferencialmente, como primeira alternativa dentro do ambiente de trabalho. Entretanto, caso eles não sejam suficientes, faz-se necessária a adoção dos EPIs como forma de amenizar ainda mais a sobrecarga dos funcionários em relação aos riscos.
DDS e Medidas Coletivas de Proteção
Muitos acidentes de trabalho poderiam ter sido evitados se houvesse mais atenção do colaborador ao realizar as suas atividades. Mas, com a correria do dia a dia e a realização de tarefas repetitivas, como manter os profissionais em alerta constantemente?
O DDS, Diálogo Diário de Segurança, é a melhor forma de garantir que, mesmo em funções repetitivas, os funcionários estejam atentos às suas atividades. Por meio dele é possível identificar falhas no processo, verificar o funcionamento adequado de EPCs e EPIs e conhecer as dificuldades diárias de seus colaboradores.
Elabore um DDS
O DDS deve ser realizado diariamente, preferencialmente, antes do início dos trabalhos e contando com a participação efetiva de todos os colaboradores.
Deve ser feita uma programação mensal com a relação dos temas ligados à Saúde e Segurança do Trabalho a serem apresentados durante o mês com o objetivo de orientar/conscientizar a equipe.
Nesses encontros diários com os colaboradores, é indispensável abrir espaço para as dúvidas e sugestões de todos os colaboradores. Desse modo, os empregadores podem atender melhor às exigências e necessidades do coletivo que ali trabalha, além de prever, de forma estratégica, métodos que solucionem os problemas enfrentados.
Estabeleça Regras de Ouro
Elabore regras que precisam ser cumpridas internamente, mesmo que você acredite que essas medidas sejam de conhecimento de todos. Quanto mais as normas ficam em nosso subconsciente, mais fácil é burlá-las: então, deixe-as visíveis.
Tome como exemplo essas 7 regras:
- É proibido o uso de álcool e drogas nas instalações ou a serviço;
- Para o trabalho em altura, deve-se usar sistema de prevenção de quedas e ponto de ancoragem;
- Para manutenção e a limpeza de máquinas, é necessário o bloqueio e o isolamento de energias;
- O trabalho em espaço confinado deve ser realizado somente por profissionais capacitados e autorizados;
- É obrigatório o uso do cinto de segurança para operação de veículos leves e equipamentos móveis;
- É proibido o uso de celular durante a condução do veículo;
- Todo acidente deve ser comunicado, independentemente da sua gravidade.
Dica para as Revendas de EPIs
Uma boa Revenda de EPIs sabe que é preciso mais do que apenas aprender técnicas de marketing e vendas para se destacar nesse mercado. Conhecer o seu cliente e entender as suas reais necessidades e demandas é essencial não só para fechar bons contratos, mas para ser assertivo em sua entrega e garantir a saúde e segurança dos colaboradores expostos a determinados riscos.
Por isso, é importante que não só o Profissional de SST se capacite e esteja em constante atualização no seu mercado, mas a própria Revenda que preza por um atendimento realmente diferenciado.
Por isso, seja você, Profissional de Saúde e Segurança do Trabalho ou um Revendedor, não perca tempo em se capacitar. Tem dúvidas sobre o Mercado de EPIs e precisa se atualizar? Deixa a sua dúvida aqui nos comentários que a equipe da Zanel trará os melhores conteúdos para te ajudar!
E se você gostou desse conteúdo, veja também as nossas regras de ouro para DDS EPI e fique por dentro de tudo sobre a importância da existência do DDS.
Até a próxima,
Fernando Zanelli