Saiba por que e como fazer a especificação de EPIs

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A importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual é incontestável… até mesmo aquele funcionário mais rebelde sabe, no fundo, que o seu uso realmente pode evitar lesões ou doenças relacionadas ao trabalho. Mas para que os EPIs ofereçam toda a proteção esperada, é necessário que certos requisitos sejam seguidos.

Parece uma questão simples, mas não é, pois o processo de escolha precisa passar por várias etapas a fim de garantir que o colaborador estará munido com o produto certo, na hora certa. Assim, contar com uma boa sistemática de especificação de EPIs é essencial para toda e qualquer empresa e por isso vamos falar sobre esse tema no nosso artigo de hoje. Confira!

O que é a especificação de EPIs?

De uma forma resumida e direta, podemos dizer que a especificação de EPIs é o processo que define quais são os equipamentos de proteção individual que cada funcionário vai usar em qualquer tarefa que executar – abrangendo todos os momentos em que está a serviço, sendo no ambiente da empresa ou não.

A NR-6 – principal lei brasileira sobre os EPIs – tem como objetivo “estabelecer os requisitos para aprovação, comercialização, fornecimento e utilização de Equipamentos de Proteção Individual” e, mesmo ao longo de seu texto, não menciona o termo “especificação”, porém, no meio técnico esse jargão é comum, pois já engloba as diversas providências dessa seleção.

O que considerar na elaboração de uma especificação de EPIs?

Como dito na introdução, parece fácil citar uma lista de equipamentos de proteção para cada indivíduo, o que é um equívoco, já que para fazer uma correta especificação de EPIs é necessário saber, exatamente:

  • os tipos e categorias dos riscos;
  • o tempo de exposição a cada risco;
  • os resultados dos monitoramentos ambientais;
  • a confirmação da impossibilidade de adoção de equipamento de proteção coletiva-EPC ou mudanças administrativas;
  • as particularidades dos funcionários, dos serviços e da área;
  • as disposições da NR-6;
  • as opções do mercado, incluindo preços compatíveis com o orçamento da empresa – o que já leva a uma análise dos custos x benefícios;
  • promover a adesão deliberada dos usuários quanto ao que é, de fato, uma obrigação (facilitando a conscientização e o cumprimento das normas).

Quais são as etapas para fazer a especificação de EPIs?

Todo o sistema de especificação de EPIs obedece a uma ordem de trabalhos específicos, sendo, no mínimo:

1) Análise dos riscos a que cada funcionário está exposto

Observe que não falamos de funções, pois às vezes, podemos encontrar muitas pessoas que (erroneamente) estão executando atividades não constantes em suas OSs (ordens de serviços), ou seja, aquelas que estão em desvio de função. Portanto, será importante verificar cada uma em campo, num acompanhamento efetuado durante a sua jornada.

Caso a empresa esteja com um bom andamento das normas de segurança e saúde do trabalho, com certeza já terá realizado esse levantamento para o PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos e outras análises – incluindo os resultados das avaliações dos agentes ambientais – sendo que tais documentos devem falar dos EPIs no quadro das medidas de controle.

2) Preenchimento da Matriz de EPIs

Essa matriz é o documento que cruzará as funções (os desvios deverão ser tratados de forma especial) x os EPIs, numa planilha formatada para possibilitar saber, além do que o colaborador deve usar, a quantidade de cada produto a ser adquirida, informação imprescindível para a compra pelo setor responsável e o controle de estoque.

3) Definição dos fornecedores

Nessa etapa da especificação de EPIs, é interessante fazer contato com diversos fabricantes, solicitando amostras para que sejam colocadas em teste prático. Diferentes trabalhadores, em turnos variados, devem ser convidados para usar pelo menos três marcas por determinado período, a fim de dar uma opinião – devidamente documentada – sobre qual acha a melhor (entre as que os profissionais de SST e CIPA -Comissão Interna de Prevenção de Acidentes já tinham pré-selecionado).

É recomendável que os EPIs aprovados apresentem preços diversos, de forma que haja alternativas para as possíveis situações (crises financeiras, por exemplo) em que empresa necessite reduzir custos, porém, sempre disponibilizando os de boa qualidade.

4) Registro dos dados para consulta (criação do catálogo de EPIs da empresa)

Ainda, para que tudo seja organizado e de fácil consulta, o ideal é criar um catálogo com os dados (foto, tipo, material, indicações e instruções de uso, validade, cores, número e validade do CA – Certificado de Aprovação, formas de higienização e manutenção, fornecedores selecionados, preços e respectivos códigos do controle da compra, entre outros).

Assim temos a especificação de EPIs pronta para o seu uso. Mas sabemos que, como parte de um programa mais amplo, ela é complementada por treinamentos, campanhas, controle de estoque – que inclui o procedimento de entrega e devolução de todos os equipamentos – e até mesmo o seu destino após o final da vida útil, numa forma de descarte sustentável.

Para finalizar – e como acontece nas inúmeras questões de SST – o assunto nunca está terminado: a especificação de EPIs deve ser ativa, em melhorias constantes, com inspeções de saúde e segurança in loco (verificando se a escolha continua sendo apropriada), tratamento dos feedbacks dos usuários, estudo de outros fornecedores, atualização do PGR etc.

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Esperamos que o nosso artigo tenha sido útil. Se gostou, comente abaixo e deixe as suas dúvidas. Será um prazer responder!

Um grande abraço e até a próxima,
Fernando Zanelli

 

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