A fama de quem trabalha com SST costuma ser de chato e exagerado, sem receio de atrasar serviços e dificultar a atuação dos setores operacionais. Isso ocorre porque as pessoas não têm ideia sobre a quantidade de tarefas e regulamentos que os especialistas em SST têm que executar e os consequentes ganhos que trazem à empresa, além da enorme responsabilidade envolvida em suas funções.
Num cenário nacional em que quase ninguém recebe o mínimo de informações sobre segurança e saúde do trabalho durante os seus estudos, fica sendo essencial esclarecer e convencer sobre a importância do profissional de SST nas corporações, o que vamos explicar melhor no artigo de hoje. Acompanhe e confira!
Profissional de SST: quem é e o que faz?
Os profissionais de SST são os que compõem os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, conforme a Norma Regulamentadora – NR – 4:
- Engenheiro de Segurança do Trabalho – EST;
- Técnico de Segurança do Trabalho – TST;
- Médico do Trabalho;
- Enfermeiro do Trabalho;
- Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho.
Os dois primeiros são relativos à segurança e os três últimos à medicina. No entanto, na prática, as atividades se inter-relacionam, pois quando é feita a prevenção ao acidente ou à doença por meio das atribuições do EST ou TST, a integridade física e a saúde dos colaboradores são preservadas, assim como os exames da medicina são indicadores sobre os resultados obtidos pela segurança.
É comum a equipe ser chamada de SESMT, mas com as particularidades de cada empreendimento, podemos encontrar inúmeros outros nomes, dependendo da integração entre os sistemas de gestão, como o de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança Patrimonial, Responsabilidade Social e outros. Assim, vemos: SSMA, SSO, QSMA etc.
Acredita-se até que tudo esteja se encaminhando para a convergência com o ESG – sigla em inglês que engloba as boas práticas em Meio Ambiente/Sustentabilidade, Social (inclui os cuidados com os colaboradores) e a Governança (mais relacionada à administração e ética).
Os títulos dos cargos, também, têm sido vistos com variações, porém, há de se ter atenção sobre isso, para garantir que não sejam formas de burlar a legislação quanto às obrigações trabalhistas. Exemplo: remuneração segundo o piso salarial das categorias.
Por que há uma resistência das empresas quanto à SST?
Infelizmente, pouco se fala sobre as medidas preventivas aos acidentes e doenças ligadas às atividades laborais, durante a formação de um profissional e sua vida em geral. Dessa maneira, não se constrói a “cultura de segurança”, expressão usada quando se atinge um padrão de fazer o certo, naturalmente, sem estar sendo pressionado por uma lei ou pessoa.
Os empresários que acreditam que sua meta, no final, é obter lucros cada vez maiores, querem que as operações sejam realizadas o mais rápido e com menor custo possível e, por isso, se incomodam com o tempo e dinheiro empregados nas ações de proteção. Assim, a importância do profissional de SST é imensa para a orientação sobre a adoção dessas providências e os respectivos benefícios.
Como convencer sobre a importância do Profissional de SST?
Os profissionais de SST estão habituados a implementar planos para a conscientização e formação da cultura de segurança e há, sim, empresários que agem corretamente sobre o tema, respeitando o principal – as questões referentes ao ser humano e sua família.
Porém, caso essas condições ideais ainda não tenham sido alcançadas, pode-se focar no assunto que parece ser o centro das atenções dos gestores: as finanças. É necessário mostrar como as medidas de segurança e saúde do trabalho são investimentos – e não gastos, contribuindo para os melhores resultados do negócio.
Entre os argumentos mais recomendados, estão:
- Um acidente ou doença tem um custo muito alto, pois os serviços e equipes são paralisados, há o atendimento médico, substituição de funcionário(s), custos com a Previdência, tempo para a comunicação e investigação, traumas e outros problemas psicoemocionais e danos materiais;
- Pagamento de processos trabalhistas e indenizações, que podem chegar a somas bem elevadas;
- Aumento do Seguro Acidente do Trabalho – SAT, de acordo com o Fator Acidentário de Prevenção – FAP;
- Pagamento de multas por descumprimento de requisitos legais;
- Embargo ou interdição do estabelecimento;
- Impactos na produtividade.
O mais adequado é colocar todos os itens em planilhas, realmente contabilizando os valores inerentes, tornando mais fácil apresentar as vantagens da implementação dos programas e planejamentos de prevenção às ocorrências indesejáveis, e utilizando o conjunto de evidências para esse oportuno convencimento.
Assim, há mais chances de que a empresa compreenda a importância do profissional de SST, contratando-o e facilitando o seu desempenho, certa de que o retorno é muito compensatório, seja sob qualquer ponto-de-vista analisado.
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Até a próxima!
Fernando Zanelli